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Ciclismo Consciente e Sustentável. Por quê a EXM se preocupa com isso?

  • Foto do escritor: Cicero Avila
    Cicero Avila
  • 12 de set. de 2023
  • 4 min de leitura

por Cícero Ávila

Lixão de Tecidos no deserto do Atacama - Chile
Lixão de Tecidos no deserto do Atacama - Chile

Consumir sem poluir? A imagem que você vê acima pode parecer longinqüa, mas é uma realidade irrefutável. O lixo gerado pela indústria têxtil é um dos mais poluentes do mundo, mas não perceptível aos olhos do consumidor quando compra, seja na internet ou numa loja. Dos processos de produção, que incluem o uso da água, uso de processos químicos para tecer ou tingir, o descarte de produtos químicos na Natureza até o destino final do lixo como forma de descarte industrial de resíduos, devemos ter consciência de que, ao adquirirmos um produto, estamos contribuindo para maior ou menor impacto ambiental. O que difere o Consumidor Consciente é ter o discernimento que, ao adquirir um produto de uma determinada marca, é a questão da compra de um produto barato e descartável - e consequentemente mais poluente - de um produto mais caro, durável e com Design Thinking, que é projetado para evitar ao máximo o descarte em maior tempo. O Barato sempre sai Caro. Na esteira do Capitalismo Irresponsável todos sabem que existem marcas e produtos que não pensam sequer um momento nas consequências dos impactos negativos que um produto barato e descartável podem representar para as futuras gerações, seja no Brasil ou em qualquer parte do mundo. poucas são as Marcas que se preocupam com esse "detalhe", preferindo focar o empenho de sua força de trabalho na produção desenfreada e redução de custos, com o objetivo de serem marcas competitivas e venderem cada vez mais barato. Tecidos sintéticos também liberam pequenos pedaços de polímeros sintéticos com tamanho inferior a 5 mm, conhecidos como microplásticos, durante as lavagens, que podem terminar no oceano, intoxicando a vida marinha e os humanos. Segundo o relatório da fundação para economia circular Ellen Macarthur, A New Textile Economy (2017), meio milhão de tonelada desse material oriundas de roupas de tecidos sintéticos acabam nos mares ano após ano. Na ânsia desenfreada por produzir milhares de peças por dia, fatalmente a qualidade produtiva será afetada, de forma negativa. Isso faz com que grandes confecções produzam muito, mas fabricando algo simplesmente descartável. A equação que forma os preços na indústria define que, quanto maior a produção, menor o preço final ao Consumidor, porque o lucro pode ser diminuído em detrimento da qualidade e da quantidade. Essa equação também considera que matéria-prima de menor qualidade, pode contribuir para um preço final que seja atrativo e pareça inofensivo. No fim, o Consumidor, a primeiro momento, pensa no preço baixo do produto e não nas consequências do seu consumo, preferindo descartar um produto barato e substitui-lo por outro igual, indefinidamente. Essa mentalidade permite que exista uma variável no consumo que diminui a Vida Útil de um Produto, procurando aumentar o consumo em menos tempo, ou seja: produzir produtos ruins para vender cada vez mais. Claro que o Consumidor nem costuma notar isso, e não há ampla divulgação de dados sobre esses assuntos propositalmente, para que a cadeia de consumo não se prejudique. Fato é que, se o Consumidor tornar-se Consciente do quê compra, ponderando sobre toda essa cadeia, irá mudar hábitos de consumo, preferindo optar por marcas e produtos que representem menor possibilidade de prejudicar o planeta. Não é só na China que isso acontece Quando se trata de oferecer alguns "milagres", pensamos muito no modus operandi das empresas chinesas, superpoluentes e que promovem uma verdadeira revolução no consumo, há pelo menos 3 décadas, incessantemente. A suposta "democratização" feita pelos chineses através de sites conhecidos como Shein, Ali Express etc, não só vendem produtos baratos, poluentes e falsificados com baixa qualidade. E isso tudo tem um preço. Ali existe um mercado de mão-de-obra escrava que subsidia a supressão dos preços para baixo, visando alcançar um número de consumidores mundialmente, contribuindo para o consumo desenfreado e irresponsável. Infelizmente as pessoas não param para pensar sobre isso quando vêem um produto sendo vendido de forma tão atrativa. Essa cadeia logística de produção, poluição e escravidão ficam embutidas no preço baixo e atrativo, mas ajudam não só a perpetuar essa cadeia, como ajudam a poluir ainda mais um planeta. Mas não pense que é só na China que isso acontece. Aqui no Brasil, existem Marcas que não pensam nem um pouco no Meio Ambiente, nem no bem-estar do planeta ou mesmo nas futuras gerações. São empresas com mentalidade predatória, que querem sempre ganhar o consumidor pelo preço baixo e alto consumo em menor tempo. Esse consumidor, sem informação alguma, não terá talvez a consciência de que, ao descartar com maior frequência uma roupa, estará poluindo e gastando até mais ao longo do tempo, afinal a durabilidade de determinadas roupas é de menos de 06 meses, até menos. Basta fazer as contas: um bom Kit de Roupa de Ciclismo da EXM sai por R$780,00. Já um Kit dos mais baratos sai em média R$150,00. Daria para comprar pelo menos uns 5 Kits da EXM, certo? Mas levando em consideração que as marcas "baratox" duram até 6 meses e uma Roupa EXM dura até uns 8 ou 10 anos (até mais), quando bem cuidada e sem quedas, quantos kits desses seriam comprados, usados e descartados? sendo 02 kits por ano, o consumidor compraria por volta de 20 kits, por baixo. Isso daria algo em torno de R$ 3000,00 em 10 anos. Daria para comprar 3 Kits EXM, e usar por pelo menos uns 15 anos. Isso mesmo. Perceba que, além de um produto duradouro, o consumidor deixaria de descartar uma boa quantidade de roupas de baixa qualidade, feitas do pior poliéster poluente e da Lycra de baixa qualidade, só para "economizar". Não seria mais inteligente consumir de forma mais racional, consciente e inteligente, acima de tudo?


Por exemplo, uma Roupa de Ciclismo, feita com Poliamida e Elastano, ao ser descartada no Meio Ambiente, levará muito tempo dependendo da forma como foi descartada, além de liberar microplásticos os quais acabamos ingerindo, de alguma forma. O tempo médio de decomposição da Poliamida, por exemplo, é de 60 a 100 anos. Fontes: https://g1.globo.com/pop-arte/moda-e-beleza/noticia/2022/01/28/lixo-do-mundo-o-gigantesco-cemiterio-de-roupa-usada-no-deserto-do-atacama.ghtml Na foto acima(Mulheres buscam roupas usadas em meio a descarte no deserto do Atacama, em Alto Hospicio, — Foto: Martin Bernetti/AFP) https://santaconstancia.com.br/sustentabilidade/

 
 
 

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